Lembro que na faculdade tinha um professor que sempre explicava a origem das palavras e expressões. Eu adorava isso. Mesmo depois de anos esse assunto ainda desperta meu interesse. Agora encontrei um livro que fala exatamente sobre isso. Achei muito interessante.
Resenha
Quem nunca ouviu “Hoje você está com a macaca” e ficou sem entender nada? E “Ficou a ver navios” sem ter percebido? Estas e outras expressões comuns em outras décadas caíram em desuso ou foram substituídas por outros termos. Por exemplo, “tirar nota vermelha no boletim” é uma frase rara de ouvir, já que as professoras não escrevem mais à mão com tinta vermelha as médias abaixo de cinco na carteirinha escolar. Não que ninguém mais use as expressões, é bem capaz de o avô às vezes falar “vá pentear macaco” e o neto não compreender. E para nenhuma frase “passar em branco”, Alberto Villas lança Admirável mundo velho. Um livro de histórias e “causos” de personagens que, devido a alguma situação cotidiana utilizaram expressões como “tô frito”, “ele tem um parafuso a menos”, “ela tomou um chá de cadeira” e “ele trabalha com cérebro eletrônico”.
Com o humor que é comum aos seus livros, o autor narra de maneira divertida às circunstâncias em quê as expressões foram utilizadas. Para cada frase um conto. Jayme Ovalle é lembrando no capítulo “não estou mais em idade de sustentar marmanjo” e o primeiro parágrafo já deixa o leitor curioso: descreve a paixão do compositor e poeta por uma manequim de loja. O autor, em diversos capítulos, relembra sua infância em Belo Horizonte e em “vou receber meu ordenado”, cita o pai e a família para explicar como o “salário” era chamado. Já a irmã é lembrada no capítulo “essa é a raspa do tacho”.
Das batidas de palmas, o “ô de casa” da época em que não existia a campainha, da mania de todos quererem que as pessoas escrevessem com a mão direita - naquele tempo ser canhoto era considerado uma doença - até as lembranças da professora que alfabetizou Tom Jobim e Sérgio Cabral, Villas cria uma espécie de dicionário onde os verbetes são contos de um passado não muito distante, pois está presente na linguagem daqueles que se divertiram com as expressões do Admirável mundo velho.
Como diz o jornalista, Fabio Altman, que assina a orelha do livro, “Ouso dizer que os livros dele inauguram uma nova modalidade na literatura brasileira o “memoralismo lúdico” porque lembrar é como brincar. Generoso, e põe generosidade aqui, ele abre 100 expressões do fundo do baú de sua prodigiosa memória”.
Resenha
Quem nunca ouviu “Hoje você está com a macaca” e ficou sem entender nada? E “Ficou a ver navios” sem ter percebido? Estas e outras expressões comuns em outras décadas caíram em desuso ou foram substituídas por outros termos. Por exemplo, “tirar nota vermelha no boletim” é uma frase rara de ouvir, já que as professoras não escrevem mais à mão com tinta vermelha as médias abaixo de cinco na carteirinha escolar. Não que ninguém mais use as expressões, é bem capaz de o avô às vezes falar “vá pentear macaco” e o neto não compreender. E para nenhuma frase “passar em branco”, Alberto Villas lança Admirável mundo velho. Um livro de histórias e “causos” de personagens que, devido a alguma situação cotidiana utilizaram expressões como “tô frito”, “ele tem um parafuso a menos”, “ela tomou um chá de cadeira” e “ele trabalha com cérebro eletrônico”.
Com o humor que é comum aos seus livros, o autor narra de maneira divertida às circunstâncias em quê as expressões foram utilizadas. Para cada frase um conto. Jayme Ovalle é lembrando no capítulo “não estou mais em idade de sustentar marmanjo” e o primeiro parágrafo já deixa o leitor curioso: descreve a paixão do compositor e poeta por uma manequim de loja. O autor, em diversos capítulos, relembra sua infância em Belo Horizonte e em “vou receber meu ordenado”, cita o pai e a família para explicar como o “salário” era chamado. Já a irmã é lembrada no capítulo “essa é a raspa do tacho”.
Das batidas de palmas, o “ô de casa” da época em que não existia a campainha, da mania de todos quererem que as pessoas escrevessem com a mão direita - naquele tempo ser canhoto era considerado uma doença - até as lembranças da professora que alfabetizou Tom Jobim e Sérgio Cabral, Villas cria uma espécie de dicionário onde os verbetes são contos de um passado não muito distante, pois está presente na linguagem daqueles que se divertiram com as expressões do Admirável mundo velho.
Como diz o jornalista, Fabio Altman, que assina a orelha do livro, “Ouso dizer que os livros dele inauguram uma nova modalidade na literatura brasileira o “memoralismo lúdico” porque lembrar é como brincar. Generoso, e põe generosidade aqui, ele abre 100 expressões do fundo do baú de sua prodigiosa memória”.
3 comentários:
Mas...onde posso fazer o download do livro?
Não sei. Na verdade o objetivo do post foi apenas falar sobre o livro que tinha acabado de comprar. Por enquanto não sei onde está disponível mas se souber posto aqui, ok? Beijinhos e continue visitando o etc...
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